quinta-feira, 4 de junho de 2009

VOLUNTARIADO, AÇÃO TRANSFORMADORA

Tempo, trabalho e talento são as ferramentas que cada voluntário doa, para causas de interesse social, melhorando diretamente a qualidade de vida de sua comunidade. A motivação quase nunca se sabe, já que é algo que vem do coração, mas a contrapartida das ONGS é mobilizar o envolvimento dos candidatos para que eles realmente atuem por uma obra social.

A procura por serviço voluntário se tornou cada vez mais frequente entre os jovens, e esse tipo de atividade vem crescendo. Além do desejo de mudar o mundo, de fazer a diferença, também existe a procura para melhorar o currículo, ou mesmo para a contagem de horas em atividades extracurriculares para faculdades. Para isso os candidatos a voluntários geralmente escolhem suas áreas de atuação: ambiental, cultural, educação, saúde entre outros. Desde a chegada na organização, via centros de voluntariado que são espalhados pelo Brasil, eles não se incomodam em realizar todo o processo pedido pelo programa de voluntariado, incluindo as capacitações.

“A iniciativa de procurar uma atividade voluntária surgiu da necessidade de fazer algo que trouxesse realização pessoal. Vemos todos os dias problemas sociais e muitas vezes só reclamamos e criticamos, senti a necessidade de fazer algo a mais. Decidi arregaçar as mangas. Procurei uma organização séria, na qual via planejamento e foco nos resultados, onde sei que as coisas realmente acontecem”, diz Jessica Bortolassi, de 25 anos, estudante do curso de Moda da Universidade Anhembi Morumbi e voluntária de moda em uma organização de educação.

Segundo a coordenadora das organizações sociais do Centro de Voluntariado de São Paulo, Silvia Louzã Naccache a procura por projetos sociais realmente vem da inquietação do ser humano. É por não concordar com injustiças sociais, desigualdades e outras formas de violência ao ser humano ou à sociedade, as pessoas procuram alguma saída para os problemas. A atitude de ajudar o próximo gera uma mudança de comportamento positiva, principalmente entre os jovens.

Mas a idéia que só o voluntário transforma o ambiente em que atua, não existe mais. A resposta da comunidade atendida chega de uma forma positiva, todos ganham. “Quando eu vou até um lugar e pratico uma ‘boa ação’ me sinto muito feliz por estar deixando de ser conformista, de estar ajudando quem precisa, de estar atuando para um grupo necessitado. Além disso, me sinto bem comigo mesma, aprendo muitas coisas, conheço novos modos de vida, e pessoas diversas”, comenta Luciana Milniz, 22 anos, anjo da guarda de um residencial de terceira idade.

Apesar da filantropia, e a pratica da cidadania participativa, alguns jovens buscam o voluntariado como um item a mais no seu currículo ou mesmo porque está na moda.
“Talvez eu esteja sendo um pouco dura, mas por grande parte dos jovens que fazem algum tipo de trabalho voluntário, a verdadeira motivação ainda é egoísta, acho que ainda são poucos os ‘inconformados’, aqueles que realmente acreditam no mundo melhor. Entretanto, os jovens que fazem esse trabalho por estar na moda ou por ser bom para o currículo, estão fazendo muito mais do que se estivessem vivendo sem atuar em uma causa, e isso pode ser uma oportunidade para eles olharem o mundo de uma forma mais ampla”, afirma Luciana.

Thaís Girão, 22 anos, estilista voluntária da Liga Solidária, não concorda com Luciana em sua visão sobre o que leva os jovens às ações voluntárias. Para ela a grande motivação ainda é o sentimento de um mundo melhor e sua noção de responsabilidade sobre a sociedade. “Todos somos parte do mundo em que vivemos e acho que tudo nos diz respeito e nos afeta direta ou indiretamente, então penso que pelo menos dar atenção ao que está a nossa volta é uma obrigação. Ensinar com suas próprias experiências e aprender com a dos outros”, atesta a voluntária.

Para Thaís o trabalho social é mais gratificante do que a caridade simples de doar algum dinheiro, “Eu percebi que às vezes a doação de si mesmo pode ser mais enriquecedora. Acho que o voluntariado nos torna melhores cidadãos”, comenta.

Um grande exemplo de que realmente existe a ação transformadora pelo voluntariado é apresentada por Wilson Prado, estudante de administração da Universidade Unip. “Minha motivação inicial foi em apenas fazer um trabalho voluntário para utilizar como atividade complementar na faculdade, mas depois que conheci os projetos de um complexo educacional, onde ao redor existem 20 comunidades com alto grau de vulnerabilidade social, onde posso arriscar que as crianças de lá são felizes, meu desejo se tornou mais fraternal. Quero ajudar sempre agora”. Já faz 2 anos que ele ajuda na gestão da entidade, trocando suas competências e habilidades pelo desenvolvimento destas crianças.

Por: Equipe Ajuda Voluntariado

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